Escrito por : Kashikikatoka
domingo, 24 de agosto de 2014
Imagem com os protagonistas
Estado: Completo (22 volumes/249 capítulos)
Publicação: 1999-2006
Autor: Naoki Urasawa
Géneros: Mistério, Drama,
Histórico, Sci-Fi, Psicológico, Seinen
E se, por alguma razão, o passado
regressasse a fim de...acabar com o Mundo?
A Humanidade teria sido extinta de
não fossem ELES, no final do século XX.
Em 1969, durante a infância, eles
criaram um símbolo. Em 1997 esse símbolo regressou e...um misterioso livro de
‘profecias’?
Esta é a história de um grupo de
rapazes que tentam salvar o Mundo.
Para Kenji, dono de uma pequena loja
de conveniência que sempre ambicionou tornar-se numa estrela de rock n’ roll,
as memórias do passado regressam subitamente quando um dos seus amigos de
infância misteriosamente comete suicídio. Estará isto relacionado com um novo culto que está implicado em outros desaparecimentos e assassinatos, cujo líder
é conhecido como ‘Tomodachi’? – amigo, em japonês.
Determinado a descobrir a história
por trás do pano, Kenji decide reunir os seus amigos de infância.
Da esquerda para a
direita – Maruo, Kenji e Yoshitsune
O
tema ‘salvar o mundo’ não é nenhuma novidade, porém a obra faz o leitor querer
sempre ler mais e mais, consegue captar o interesse do leitor de forma bem
conseguida. A troca de tempos entre passado-presente é feita de maneira a que
dificilmente o leitor se sinta confuso, assim como as reviravoltas na história,
fazendo cada capítulo muito desfrutável.
É
viciante. A maneira como Urasawa faz desenrolar a história é uma das mais
geniais, ele consegue cativar o leitor de tal maneira que freneticamente li os
249 capítulos, sempre com aquela ideia do ‘E o que é que acontece depois?’
Tomodachi – o antagonista
da história
Urasawa
tem um desenho muito único, um estilo detalhado, meio ‘sketchy’ e um pouco ‘old
school’, é completamente refrescante olhar para uma arte tão diferente do ‘moe’
que ultimamente é vulgar. O desenho vai melhorando ao longo destes 7 anos desde
que a obra começou a ser publicada até ao seu fim, porém, sempre com um estilo
que o autor me habituou desde Monster e mais recentemente Happy! e Billy Bat.
Eu
adoro as personagens; elas desenvolvem-se ao longo da obra, elas têm o seu momento
para brilhar e não são muito estereotipadas. Não é muito cliché e tem atitudes
realistas. São pessoas vulgares a fazerem coisas extraordinárias. Kenji, o
protagonista, é por vezes acusado de ser aborrecido por ser demasiado ‘normal’,
mas a meu ver ele é a personagem que melhor representa este papel pois por ser
vulgar ele é a personagem com quem o leitor mais facilmente se relaciona.
20th
Century Boys é altamente recomendável para qualquer um, especialmente para
aqueles que gostam de mistério.
O grupo de Kenji (na
review que possivelmente irei fazer de 21st Century Boys, falarei mais detalhadamente
nas personagens tudo aquilo que aqui seria grande spoiler)